Educação Aberta e tecnologias para o bem comum serão os temas protagonistas em novo momento da Cátedra na UnB.  (English version further down)

 

Depois de 30 anos dedicados à pesquisa e ao desenvolvimento da Educação a Distância (EaD) com atuação pioneira nos seus processos de consolidação dentro da Universidade de Brasília e no Brasil, a Cátedra UNESCO em EaD vinculada à UnB revê sua trajetória, e realinha seus objetivos alçando novos voos em direção às questões educacionais priorizadas pela UNESCO e que emergem do atual cenário global.

 

Nos últimos quatro anos, sob a coordenação do Professor Dr. Tel Amiel, a Cátedra esteve dedicada à defesa e à difusão da Educação Aberta como forma de ampliar o acesso e a qualidade do ensino.. De acordo com o Prof. Amiel,  a noção de ensino a distância como algo oposto ao ensino presencial perdeu força já há algum tempo, com a popularização da web, e a ampliação das possibilidades de mesclar canais e espaços, abrindo caminho para práticas diversas.

 

A Cátedra UNESCO em EaD, a partir de agora, passa a ser a Cátedra UNESCO em Educação Aberta e Tecnologias para o Bem Comum. A aprovação da nova proposta de trabalho e do novo nome foi formalizada pela UNESCO há algumas semanas e acaba de entrar em vigor.

 

O novo momento da Cátedra será focado na abertura. Na busca para atingir os objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS), particularmente a Meta 4, voltada à Educação, a ênfase das ações será em digital public goods (bens digitais públicos) e  open solutions (soluções abertas) como Recursos Educacionais Abertos (REA), Dados Abertos, Acesso Aberto ao Conhecimento Científico e Software Livre. "A mudança do nome, incorporando Educação Aberta, se alinha aos objetivos de médio prazo da UNESCO, às novas redes globais da qual a Cátedra faz parte (UNITWIN em Educação Aberta), bem como aos avanços teóricos sobre o tema", explica o coordenador.

 

Já a ideia de "tecnologias para o bem comum" se linha ao fato de que a Cátedra sempre olhou para a tecnologia como algo inerente  à educação e têm trabalhado continuamente no sentido de tratar a tecnologia, não de forma neutra, nem como “inovação” ou “ferramenta”, mas por meio de um componente elementar voltado ao interesse e promoção de uma educação pública de qualidade, para todos. Em tempos de crescente inserção de novas plataformas e serviços na educação, incluindo aqueles que fazem uso de "inteligência artificial". a Educação Aberta, que defende direitos digitais, deve promover tecnologias voltadas para o bem comum, ou seja, tecnologias baseadas em interesses e valores públicos.

 

A mudança pretende refletir todo o universo de pesquisas e ações já em andamento e a ser desenvolvido nos próximos anos de atuação da, agora, Cátedra UNESCO em Educação Aberta e Tecnologias para o Bem Comum, abrindo novas frentes nacionais e internacionais para projetos que pretendem expandir ainda mais a produção de conhecimento nesta área.   

 

Name change marks the 30th anniversary of the UNESCO Chair in Distance Education

 

Open Education and technologies for the common good will be the focus themes in a new era for the Chair at UnB. 

 

After 30 years dedicated to the research and development of Distance Education (DE), with pioneering work in Brazil and the University of Brasília, the UNESCO Chair in DE at UnB is reviewing its trajectory and realigning its objectives aligning with the educational issues prioritized by UNESCO and emerging trends in education.

 

Over the last four years, under the coordination of Professor Dr. Tel Amiel, the Chair has been dedicated to defending and disseminating Open Education as a way of increasing access to quality education. Acording to Prof. Amiel, the notion of distance learning as something opposed to face-to-face teaching has been losing strength for some time now, with the popularization of the web, and the expansion of the possibilities of combining communicationi channels and spaces, opening the way for diverse practices.

 

The UNESCO Chair in Distance Education is now the UNESCO Chair in Open Education and Technologies for the Common Good. The approval of the new work plan and new name was formalized by UNESCO a few weeks ago and has come into effect.

 

The Chair will focus on openness as a key element. In the quest to achieve the Sustainable Development Goals (SDGs), particularly Goal 4 on Education, the emphasis will be on digital public goods and open solutions such as Open Educational Resources (OER), Open Data, Open Access to Scientific Knowledge and Free Software. “The name change, incorporating Open Education, is in line with UNESCO's medium-term objectives, the new global network of which the Chair is part of (UNITWIN in Open Education), as well as theoretical advances on the subject,” explains the Chair.

 

The concept of “technologies for the common good” is linked to the fact that the Chair has always conceptualized technology as inherent to education, and has worked streneously to discuss the non-neutrality of technology and the menaces of thinking of it soley as an “innovation” or “tool”. Instead, technology, in Open Education, is an elementary component aimed at the interest and promotion of quality public education for all. In times of increasing use of new platforms and services in education, including those that make use of “artificial intelligence” techniques, Open Education, which defends digital rights, must promote technologies aimed at the common good, in other words, technologies based on the public interest and  public values.

 

This shift is intended to reflect the entire scope of research and actions already underway and to be developed in the coming years by the UNESCO Chair in Open Education and Technologies for the Common Good, opening up new national and international avenues for cooperative projects.